sexta-feira, 8 de agosto de 2014

O Motor do Esporte a Motor

Professor Egidio Trambaiolli Neto e coleção.
Foto: Juliana Trambaiolli

Texto: Egidio Trambaiolli Neto
Desde que assisti a minha primeira corrida de Fórmula 1, quando o Emerson Fittipaldi realmente abriu as portas para o Brasil na categoria, eu não parei, o esporte me conquistou, quantas e quantas corridas eu ouvi no radinho de pilha porque a TV nem sempre cobria os eventos? Às vezes tínhamos corridas aos sábados e eu ia até a loja da Eletroradiobrás assistir a corrida nas TVs em cores que o pouco dinheiro que meu pai ganhava não dava para comprar. Mesmo com a saída do Émerson eu não abandonei o esporte. Veio o Piquet que fez um extraordinário trabalho e o insuperável Ayrton Senna da Silva. Curiosamente éramos vizinhos aqui em São Paulo, não de portas, mas próximos, numa época em que corridas para mim eram de carrinhos de rolimã. Como eu sempre gostei de ler e meus pais não tinham condições de comprar livros, eles compravam gibis usados que eram vendidos na feira livre da Av. Benjamin Pereira, que poucas quadras depois passa a se chamar Manoel Gaya, que, era justamente a avenida que se seguida poderia ir da casa de um para a do outro. Nessa feira havia um homem que distribuía gibis usados na calçada e, todo domingo após ajudar a minha mãe a fazer a feira, íamos até o local e eu escolhia um gibi usado que ela me dava e eu devorava tão logo chegava à minha casa, ali, no próximo quarteirão. Eu adorava os gibis do Tio Patinhas, primeiro porque tinha mais páginas e a magia Disney, depois porque trazia as criações de Carl Barks. E eu os colecionava, lia, relia e re-re-relia... E continuava relendo. Como os gibis eram velhos e usados, muitos vinham danificados e até rabiscados. Um deles, de 1967, veio com um nome escrito: Ayrton Senna da Silva. Letrinhas garranchudas de quem na época, como eu, estava iniciando a arte da escrita (tínhamos exatos nove meses de diferença na idade: eu de 21 de julho de 1959 e ele de 21 de março de 1960). Assim, tenho o que deve ser um dos primeiros autógrafos do Senna, meio apagado pelo tempo, mas que guardo carinhosamente junto com os outros gibis da minha infância.

Depois do acidente fatal que vitimou o ídolo esportivo de muitos, ainda sigo o automobilismo e estou sempre revolvendo as memórias. Tanto que quando vejo algo que faz referência ao Ayrton Senna, sinto que o mito ainda me domina e a memória resgata os bons tempos do ecoar do tema da vitória nas manhãs de domingo.


Gibi do Professor Egidio Trambaiolli Neto que pertenceu ao corredor Ayrton Senna.
Foto: Egidio Trambaiolli Neto


segunda-feira, 5 de maio de 2014

1º de Maio de 1994 - Ayrton Senna

Foto do site:
 http://showdebola.pt/ayrton-senna-completam-se-19-anos-do-seu-desaparecimento-e-que-um-mito-nasceu/

Texto: André Peragine

O domingo de 1º de maio de 1994 não prometia uma corrida de Fórmula 1 como tantos outros. O clima pesado mostrava que a categoria ainda estava sob o impacto dos acidentes de Rubens Barrichello e Roland Ratzenberger este último com desfecho triste e trágico. Na pole position, um Ayrton Senna consternado, sério e distante. Em nada se parecia com o piloto sempre frio antes de uma largada. Senna havia sido um dos que mais ficou impressionado com os acontecimentos do dia anterior. Mas mesmo assim decidiu ir para a pista.
Quando a luz verde se acendeu, o Benetton de JJ Letho ficou estancado no grid. Pedro Lamy, que já pegava grande velocidade, vindo de trás do grid, não teve tempo de desviar, atingindo o carro do finlandês em cheio. O violento acidente ratificou o medo de todos, e uma das rodas voou para a arquibancada, matando um espectador. Seguindo uma nova norma, a corrida não teria uma nova largada, os carros seguiriam atrás do Safety Car até que a pista fosse limpa e considerada segura.
A medida do Safety Car desagradara alguns pilotos. Os carros andando em velocidade reduzida sofreriam mudanças no comportamento dos pneus, o que poderia ser muito perigoso. Mesmo assim, a FIA manteve a decisão mais por motivos comerciais (anunciantes seriam exibidos normalmente mesmo com os carros andando lentamente e fábricas pagariam fortunas para fornecerem o carro de segurança). Foram cinco voltas sob bandeira amarela. Na abertura da sexta volta, a bandeira verde foi agitada e a corrida tomaria seu rumo normal.
Ayrton Senna mantinha a ponta e tentava se distanciar de Michael Schumacher, no momento em que seu carro escapou misteriosamente na curva Tamburello na sétima volta. Após se despedaçar no muro, o carro quase voltou à pista e acabou por parar na área de escape. Após uma cena desesperadora de resgate, Ayrton Senna deixava o autódromo levado de helicóptero, deixando como marca uma terrível poça de sangue na pista. Horas depois, era anunciado seu falecimento.
Nos dias que seguiram após o acidente fatal, foram levantadas diversas teorias sobre as causas do acidente e da morte. Foram procurados os culpados, notícias divergiam e jamais se encontrou a causa real do acidente, apenas foram levantadas inúmeras suposições. Até hoje, acredita-se que a morte tenha sido causada pela quebra da barra da direção como causa. A única certeza é de que seu capacete fora perfurado pelo braço da suspensão causando sua morte, provavelmente instantânea.
Duas semanas depois das mortes, Karl Wendliger sofreria um gravíssimo acidente na saída do túnel de Mônaco, e permaneceria um mês em estado de coma. A Fórmula 1 precisava de mudanças urgentes. Ao longo daquele ano, inúmeros acidentes aconteceriam, alguns com certa gravidade. Tentativas de burlar as regras por parte das equipes trouxeram mais falta de segurança ainda, como ficou comprovado após o incêndio no carro de Jos Verstappen, na Alemanha. Mas a muito custo, mudanças positivas aconteceram.
Nesses 20 anos que nos separam de 1994, regras foram aprimoradas, regulamentos técnicos alterados e comportamentos revistos. A Fórmula 1 tornou-se um dos esportes mais seguros do mundo, e desde então, não houve sequer uma morte de piloto nas pistas da categoria, mesmo com acidentes fortes como o de Michael Schumacher (Silverstone 1999), Luciano Burti (Spa 2001) e Felipe Massa (Hungaroring 2009). Para nosso benefício, essas medidas foram trazidas para os carros de passeio, e devemos muito a esse desenvolvimento aplicado após as mortes de Ayrton e Roland.

O fim de semana de Ímola permanece com diversas perguntas sem respostas. Diversos “se’s” permeiam discussões nas rodas jornalísticas e automobilísticas, “se’s” que teriam sido determinantes para a sobrevivência de Ayrton e Roland. Vários julgamentos foram realizados, provas apagadas (como a câmera On Board de Ayrton, misteriosamente “desligada” 2 segundos antes da batida) e relatos divergentes dos médicos que atenderam Senna a respeito de seu estado. O GP de Ímola, embora triste, trouxe um legado imprescindível na questão de segurança nas pistas. Mas até hoje, 20 anos depois, permanecem mistérios que jamais serão revelados.

domingo, 6 de abril de 2014

Pneus certos, vitória certa!

Pneus Fórmula 1

Pneus Supermacios:
Ideais para circuitos lentos e sinuosos.

Pneus Macios:
Durabilidade maior, adaptação em diversos circuitos.

Pneus Médios:
Adaptam a todos os tipos de pistas secas.

Pneus Duros:
Ideais para provas de longa duração e circuitos com asfalto com poder de desgaste maior.

Pneus Intermediários:
Ideais para circuitos com a pista um pouco úmida, com a capacidade de dispersar a água.

Pneus para a Chuva:
Ideais para circuitos com pista molhada, evitando derrapagens.

Com essas informações preparados para o... PIT STOP?

Guido, Carros-Disney-Pixar

sábado, 7 de dezembro de 2013


Os esportes a motor encantam muita gente, pelo mundo todo. As categorias que mais destacam são as que envolvem monopostos como a Fórmula 1 e a Fórmula Indy. O Brasil já fez muita História nessas modalidades: Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet e Ayrton Senna formam a nossa seleta casta de campeões mundiais de Fórmula 1, assim como o mesmo Emerson Fittipaldi e Tony Kanaan, na Fórmula Indy.
Mas uma competição com carros não depende apenas do talento dos pilotos, há muita tecnologia implícita nos motores, pneus, combustíveis, chassis, aerofólios e por aí vai, tudo cercado de muita Matemática para realizar cálculos de consumo, desgaste, pressão aerodinâmica entre tantos outros elementos que necessitam desse valioso recurso.
Junte aos carros e aos cálculos as características de cada autódromo, do tipo de asfalto, das zebras e das curvas. Para completar, o tempo também pode ajudar a tornar uma corrida mais emocionante. Basta começar a chover para se criar um corre-corre dentro e fora das pistas. E, por falar nisso, está na hora de trocar seus pneus, entre nos boxes com seu livro e tenha um excelente pit stop